A Cidade Universitária de Macaé/RJ foi palco do II Fórum Norte Fluminense, realizado de 12 a 14 de março. Comunitários e educadores do projeto NEA-BC participaram do evento que discutiu a Cooperação Intermunicipal e Capacidades Estatais: desafios e possibilidades para ações comuns. O evento foi organizado pelo Núcleo Norte Fluminense do INCT Observatório das Metrópoles e contou com o apoio da Secretaria Municipal Adjunta de Ensino Superior e da Prefeitura de Macaé.
A iniciativa fomentou a discussão sobre os desafios para o desenvolvimento urbano do estado do Rio de Janeiro, além de abordar a cooperação entre municípios para superar problemas de crescimento urbano e impacto social, tendo em vista a complexidade das atividades petrolíferas na Bacia de Campos. Na ocasião, o público tratou temas sobre o desenvolvimento sustentável, com destaque à cooperação intermunicipal, o impacto da economia extrativista no meio ambiente, a gestão da economia petrolífera e a participação cidadã na gestão urbana.
O evento contou com diversas mesas de discussão durante os três dias de programação, entre elas a mesa temática “Participação, controle social e educação ambiental na Bacia de Campos: promovendo sustentabilidade e engajamento comunitário” com representantes dos projetos NEA-BC, Territórios do Petróleo e Pescarte, compartilhando com os participantes a respeito da educação ambiental como ferramenta para o engajamento comunitário, evidenciando os esforços dos projetos em promover práticas que valorizem a atuação comunitária e participação cidadã na gestão dos territórios.
Para o educador social do NEA-BC em Farol de São Thomé, Jhones Lima, a discussão regional foi de extrema importância, pois ofereceu uma plataforma única para a troca de conhecimentos e experiências entre os municípios do Norte Fluminense. “O encontro promoveu uma maior integração e cooperação em questões de desenvolvimento urbano e sustentabilidade ambiental”.
NEA-BC – O projeto NEA-BC é uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, para as atividades da Petrobras na Bacia de Campos, por meio do suporte para a democratização, o engajamento em debates públicos e fiscalização do cumprimento das diretrizes dos Planos Diretores municipais. Os trabalhos desenvolvidos envolvem a participação ativa dos participantes do projeto em discussões sobre legislação ambiental e urbanística, bem como iniciativas para alterar as realidades e dinâmicas nos municípios da região, servindo como mecanismos para mitigar os efeitos da indústria de petróleo e gás.