“Amoras” é o primeiro trabalho de literatura infantil do autor Emicida. É inspirado na música que ele fez para a filha e que leva o mesmo nome do livro, que fala sobre representatividade, preconceito, negritude e autoconfiança. A obra faz parte da série que o projeto Navegando na Poesia em parceria com @Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental apresenta nas escolas contempladas.
O livro reproduz com delicadeza uma conversa entre o autor e sua filha Estela, na época com 7 anos. Na história, a menina está debaixo de uma amoeira, quando o pai comenta sobre a beleza das frutas: “quanto mais pretas, mais doces.” É aí que a menina se reconhece e identifica sua própria identidade: “Papai, que bom, porque eu sou pretinha também”.
Emicida fala de grandes nomes do ativismo a não violência e o amor ao próximo, como Martin Luther King, um importante pastor norte-americano que lutou para que as pessoas fossem julgadas pelo seu caráter e não pela cor de sua pele. Malcom X e entidades da mitologia yorubá. Cita também Zumbi do Palmares, guerreiro brasileiro, principal líder do Quilombo dos Palmares, que lutou bravamente pelo fim da escravidão no país.
Além disso, é um exemplo de como a paternidade presente contribui para a construção de referências positivas que levam ao desenvolvimento saudável da criança.