Você tem acompanhado as notícias publicadas periodicamente pelo Grupo Gestor Local (GGL) de Rio das Ostras, do projeto NEA-BC?
A partir de grupo de estudos e visita técnica realizada no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) do município e um intercâmbio no SAAE de Viçosa – MG, o grupo tem potencializado o processo de formação para qualificar a incidência política, em prol do saneamento básico.
E com o objetivo de produzir conteúdo de utilidade pública, o GGL tem postado notícias periodicamente nas mídias sociais e site do projeto NEA-BC. Conecte-se e confira nossas notícias sobre “O que é saneamento básico?”, “Qual o caminho do meu esgoto?” e “As etapas de tratamento do esgoto”.
Hoje vamos falar sobre o efeito do esgoto nos corpos hídricos.
A água resultante do tratamento do esgoto deve seguir uma destinação, que pode ser em corpos hídricos (rios, lagos, lagoas) ou pode ser utilizada como água de reuso para irrigação, o que é bem legal, mas precisa de bastante estudo! Falaremos disso na próxima postagem.
Para que esse efluente seja destinado nos corpos hídricos, ele precisa atender os requisitos previstos na Resolução CONAMA 430.
As prestadoras do serviço devem fazer esse monitoramento para garantir que o efluente lançado atenda essas especificações.
Além de monitorarem o efluente tratado, devem monitorar o corpo receptor (o rio, lago ou lagoa que está recebendo esse efluente), para garantir que a prática não está afetando as características do local.
Já falamos sobre as etapas de tratamento do esgoto e vimos que o ideal é que todo esgoto passe por tratamento terciário, onde são removidos muitos nutrientes, entre eles, o Nitrogênio e o Fósforo.
Quando o efluente lançado no corpo hídrico possui uma carga elevada desses nutrientes ou quando o corpo hídrico não possui uma capacidade de depuração legal, pode acontecer a EUTROFIZAÇÃO. Quase sempre a eutrofização é causada por ações antrópicas (do homem).
Quando um corpo hídrico entra em processo de eutrofização, significa que ele vem acumulando, gradativamente, matéria orgânica para além de sua capacidade de depuração. Durante esse processo, existe um aumento excessivo de Nitrogênio e Fósforo, principalmente, que induz a multiplicação de algas que habitam a superfície da água, formando uma camada densa, impedindo a penetração da luz solar.
Essa proliferação de algas na superfície faz com que haja a redução da taxa de fotossíntese dos organismos que se encontram nas camadas inferiores da água, o que ocasiona a diminuição do oxigênio dissolvido e compromete a sobrevivência de todos os organismos aquáticos aeróbios (que respiram oxigênio).
O aumento da matéria orgânica na água também estimula a ação de microrganismos decompositores, que consomem oxigênio enquanto degradam a matéria orgânica, contribuindo também para a redução do oxigênio dissolvido na água.
Agora, poderemos ter um olhar mais crítico quando verificarmos aquela coloração esverdeada nos corpos hídricos, não é mesmo?
É importante também procurar saber como o esgoto do seu município é tratado e como é monitorado.
Estude, reflita e participe da gestão do seu município!
Fique conectado para não perder nossa próxima notícia sobre as formas de reutilização do efluente.!
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Fonte 📌: GGL de Rio das Ostras