Em um povoado simples, próximo a maior lagoa da América Latina, a Lagoa Feia, se encontra a Escola Municipal José de Azevedo, em Ponta Grossa dos Fidalgos, Campos dos Goytacazes. A equipe de educadores e educadoras do Navegando na Poesia esteve presente em mais uma escola afim de estabelecer maior relação entre o projeto e os professores/as da região. “O desafio pela frente é grande, mas temos sido bem acolhidos tanto pelas secretarias dos municípios quanto pela equipe pedagógica das escolas”, ressaltou o educador social Bruno Rocha.
A coordenadora pedagógica do Navegendo, Alcimere Siqueira, esteve no dia 4 de janeiro com a equipe de educadores do projeto em mais uma oficina que tem como objetivo formar, ouvir e aprender com os professores/as locais, visando a implantação desse trabalho de leitura e escrita através da poesia. Em seis cidades da região, com mais de 40 escolas contempladas no território, estamos criando laços afetivos de educação com pessoas comprometidas nessa militância.
As quatro horas que a equipe esteve na escola foi de muita produção. “Aprendemos mais sobre o funcionamento do Navegando na Poesia, fomos agraciados com leituras dramatizadas de textos poéticos, jogos musicais que valorizam nossas raízes, além da construção de uma poesia que a princípio pode parecer simples, mas que tem uma profundidade transformadora em cada palavra e entonação”, contou Bruno.
A equipe de educadores do Navegando na Poesia ainda irá percorrer escolas em Carapebus, Macaé, Quissamã, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra. A possibilidade de promover o acesso à leitura e à escrita por meio da poesia e de jogos lúdicos, fora a transformação social de todos e todas envolvidos (educadores e educandos), são o alicerce do projeto.
– Para que a cultura regional se fortaleça, para que a transformação social aconteça, para que a educação chegue em todos os cantos temos um convite a fazer: – Vamos brincar de poesia?”, indagou o educador social.
“Não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”. Paulo Freire