O projeto Navegando na Poesia inicia uma série, sequencial, sobre temas relevantes para uma melhor compreensão no desenvolvimento infantil e as variadas maneiras que as crianças progridem. Para iniciar, citaremos a “motivação” e a importância das atividades lúdicas como forma de estímulo. O projeto é uma realização da Associação Raízes em parceria Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
As atividades lúdicas funcionam como fator de motivação nas aulas. Estudos apontam que este método faz com que os alunos tenham um maior grau de envolvimento nos estudos. Assim, sentir-se-ão estimulados, animados, entusiasmados e alegres.
Segundo Berlyne (apud Bomtempo et alii 1986, p.65), o jogo é atraente porque não combina com marasmo, pois é sinônimo de ação; é desafiante e mobilizador da curiosidade, que, por sua vez, é uma das principais características dos ambientes motivadores.
Assim, percebe-se que toda criança gosta de brincar, esta é uma característica geral das crianças. Cabe a escola buscar um saber saboroso originando-se nas potencialidades motivadoras do jogo no contexto da sala de aula.
A escola como ambiente motivador é capaz de contornar os problemas relacionados à falta dos alunos e funciona como fator redutor da evasão escolar. Além disso, Kishimoto (2006:96), reforça que com o jogo “as crianças ficam mais motivadas a usar a inteligência, pois querem jogar bem; sendo assim esforçam-se para superar obstáculos, tanto cognitivos quanto emocionais. Estando mais motivadas durante o jogo, ficam mais ativas mentalmente”.
É importante ressaltar que para isso, o jogo, deve ser associado a função lúdica e a pedagogia de forma equilibrada. “O jogo com sua função lúdica de propiciar diversão, prazer e mesmo desprazer ao ser escolhido de forma voluntária e o jogo com sua função educativa, aquele que ensina, completando o saber, o conhecimento e a descoberta do mundo pela criança”. (Campagne, 1989, p.112) apud Kishimoto, 2006, p.96)
O professor deve ter o cuidado para que não haja desinteresse pelas suas aulas. Por isso a importância pelo aspecto afetivo. Ele diz de sentimentos que acompanha cada ação realizada pela criança.
Quando não há interesse por uma determinada disciplina, o aluno não se esforçará para resolver atividades relacionadas a ela. Sobre isso, Seber (1997), explica que: “motivação, afeto, agrado, desagrado, facilidade, empenho, interesse – enfim, o que concerne ao aspecto afetivo – constitui a relação que liga a situação exterior ao nível de construção das estruturas da criança. Dizer então que ela se interessa por algo significa afirmar que ela está de posse de certas estruturas passíveis de assimilar o que lhe propõem. O que propomos a ela não deve ser nem muito conhecido, nem muito novo. Se muito conhecido, há chance de haver desinteresse. Em contrapartida, se a novidade estiver muito além do seu nível de desenvolvimento, isto é, se a organização intelectual ainda não estiver em condições de assimilar o fato exterior, o desinteresse aparece também”.
Fonte: Portal de Pedagogia