Na última terça (25) o Grupo Gestor Local (GGL) de Cabo Frio visitou o Aterro Sanitário “Dois Arcos” em São Pedro da Aldeia. O objetivo do grupo era conhecer o funcionamento da empresa e entender como acontece a gestão dos resíduos sólidos na região.
A área recebe uma média de 600 toneladas de lixo por dia, de oito municípios, sendo que Cabo Frio corresponde a quase 50% do lixo recebido. O resíduo sólido que chega ao aterro é prensado nas células e aterrado, contudo ainda gera dois subprodutos altamente poluentes e perigosos: o gás metano e o chorume.
O chorume é impedido de contaminar o solo por uma manta impermeabilizante e é canalizado até uma lagoa de estabilização, onde é transportado em caminhões pipa para tratamento na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de São Pedro da Aldeia. Esse procedimento é autorizado pelo INEA mas, não é o ideal. O funcionário da empresa informou que até maio haverá a implantação de uma estação de pré-tratamento.
Já o gás metano, é tratado e vendido a granel, diferentemente da informação que coletamos em pesquisa, que dizia que o Aterro reaproveitava a usina de biogás para geração de energia.
O Aterro Sanitário, que é privado, tem convênio com as prefeituras da região, sendo assim, existe uma taxa para cada tonelada de lixo que chega.
A tonelada de resíduo urbano (doméstico e varrição) custa R$ 70,00 e o resíduo sólido hospitalar custa em torno de R$ 4.000,00. Para os resíduos sólidos da saúde, o tratamento é diferenciado: eles são esterilizados no autoclave e posteriormente misturados aos demais.
O Aterro Sanitário de “Dois Arcos” não possui triagem de materiais recicláveis e também não tem composteira.
O GGL ficou impressionado com a quantidade de dinheiro gerado pelo lixo e perceberam como poderia ser feito mais, traçando um paralelo com o Aterro visitado em Viçosa.