Texto: Produção Coletiva dos GGLs do Projeto NEA-BC
Segundo informações obtidas na visita técnica realizada por integrantes do projeto NEA-BC na Estação de Tratamento de Água Juturnaíba (ETA), da Prolagos, a perda de água tratada chega a 40%. Dados da Associação Brasileira de Engenheiros Sanitaristas (ABES) indicam que no Brasil, em 2011, a média de perda era de 38,8%, e em 2013, segundo o Diagnóstico do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS), divulgado recentemente, o índice nacional foi de 37%.
A visita teve como objetivo conhecer as instalações, os processos de tratamento de água e coletar informações. A ETA Juturnaíba, que abastece o maior número de municípios da região, tem vazão de 1200 litros por segundo (l/s). Considerada essa média, do total retirado da lagoa, apenas 720 litros chegam ao destino final. A recomendação do Diagnóstico SNIS é de que esta taxa não ultrapasse os 20%.
A lagoa é o principal manancial da região. Como a reparação dessas perdas não traz grandes benefícios financeiros às empresas, elas normalmente não são priorizadas. Quem sofrerá os prejuízos com a falta de água no futuro, são os cidadãos e os recursos naturais. Além dos danos ambientais, as perdas oriundas das redes, adutoras, conexões, ramais e reservatórios são repassadas para a população indiretamente em suas contas.
As soluções apontadas estão direcionadas à gestão e a serviços mais sustentáveis, que incluam modernização dos equipamentos e qualificação dos prestadores de serviços. Ou mudamos a atual gestão de águas ou a atual gestão de águas mudará nossas vidas.