Comemorado no última dia 20, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra foi uma data escolhida, no Brasil, por representar a morte do último líder do Quilombo dos Palmares, que ocorreu em 1965, quando o seu corpo teria sido encontrado e exposto em praça pública. A data é dedicada à reflexão, conscientização e resistência.
Respeitado herói da resistência e da luta contra a escravidão, Zumbi teria sido capturado ainda garoto e entregue a um padre da região. Com 15 anos, Zumbi, que tinha como nome da batismo Francisco, teria fugido e voltado ao Quilombo, tornado-se o último líder de Palmares.
Os Quilombos funcionavam como espaços habitados pelos negros que lutavam contra a escravidão, já que habitavam, em grande parte, escravos fugidos de fazendas escravagistas. O Quilombo dos Palmares, por exemplo, resistiu por quase cem anos e contava com cerca de 20 mil habitantes.
A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.
Representatividade Feminina
Dandara, conhecida como Dandara dos Palmares, foi esposa de Zumbi com quem teve três filhos. No Quilombo, ela aprendeu a caçar, lutar, jogar capoeira e manusear armas, com isso tornou-se uma das principais líderes do exército feminino de Palmares. Sua história foi marcada pela batalha na libertação de negras e negros. Ela não se encaixava nos padrões de gênero ainda hoje impostos pelo sociedade às mulheres.
Em fevereiro de 1694, com a invasão dos portugueses, ela teria cometido suicídio (se jogando de uma pedreira ao abismo) para não ser capturada e levada de volta à escravidão. Dandara representa a força da mulher negra e todas e todos que resistem e lutam contra o racismo no Brasil.