O Programa de Formação e Desenvolvimento de Lideranças V (Pró-Lideranças V) começou com força total nos municípios de Piúma e Marataízes, promovendo encontros voltados à formação cidadã, à gestão ambiental pública e ao controle social sobre os recursos oriundos da indústria de petróleo e gás.
Em Piúma, o primeiro Encontro de Aprendizagem (EA1), realizado no mês de março, contou com a presença de 36 participantes, superando a expectativa inicial. A programação incluiu uma apresentação teatral baseada nos conceitos freirianos de educação ambiental crítica e popular, que apresentou de forma lúdica os três eixos centrais do programa: Educação, Políticas Públicas e Cidadania. Na ocasião, também foram apresentados os personagens Edu, Pepê e Cida, que acompanham cada eixo.
Durante o encontro, o turismo foi apontado como política prioritária para reduzir a dependência dos royalties do petróleo no orçamento municipal. Também foi apresentado o Núcleo de Educação Ambiental da Bacia de Campos (NEA-BC), com convite à comunidade para integrar o Grupo Gestor Local (GGL).
“Eu gostei da interação do pessoal com os temas propostos”, comentou Malu, do GGL de Piúma. O comunitário Antônio Carlos destacou a expressiva participação da comunidade, e Nádia, Helena e Felipe, também do GGL, afirmaram que o encontro “superou as expectativas esperadas”.
Já em Marataízes, o Pró-Lideranças V iniciou sua primeira edição no município discutindo como a participação cidadã pode qualificar a gestão pública e promover soluções para os desafios socioambientais locais. O programa tem como foco a formação de lideranças comunitárias para o debate sobre os impactos da indústria de petróleo e gás, especialmente quanto ao uso das rendas petrolíferas.
Duas novas integrantes do GGL relataram como o programa despertou o interesse pela atuação cidadã. “Eu fiquei motivada a participar no GGL após participar do Pro-Lideranças, onde pude descobrir o grupo e saber como posso ser mais atuante como cidadã”, disse Gerlane Barbosa. Já Suelen Severino destacou: “É um privilégio participar, pois é uma oportunidade de obter conhecimentos como liderança, sendo representante Quilombola. Foi desenvolvido em mim o papel de fiscalizar o dinheiro dos royalties, que muitas vezes é mal utilizado”.
A realização do projeto NEA-BC é uma medida de mitigação exigida pelo Licenciamento Ambiental Federal, conduzido pelo IBAMA.




