No final de março, os participantes do Programa de Formação e Desenvolvimento de Lideranças (Pró-Lideranças) do Projeto NEA-BC em Itapemirim realizaram uma visita técnica pelo município. Foi um momento para promover a troca de experiências, conhecer áreas do território itapemirinense e pôr em prática os conteúdos abordados nos encontros de aprendizagem anteriores, dialogando alternativas que possam promover a diversificação econômica no município, especialmente através do turismo rural e de base comunitária, agricultura familiar e pesca, para reduzir o impacto da dependência dos recursos de royalties e participações especiais da indústria de petróleo e gás.
Durante o trajeto inicial, que incluiu os bairros de Itaoca e Itaipava, o grupo realizou uma parada no Terminal Pesqueiro de Itaipava. Nesse ponto de parada, foi debatida a importância do terminal para economia e pesca local, bem como os recursos provenientes de royalties e participações especiais que foram investidos em suas obras.
Na sequência do percurso, o grupo seguiu para a Lagoa Guanandy, localizada no bairro do Gomes. No local, o grupo dialogou a respeito de um turismo sustentável e analisou a negligência com as invasões das áreas da APA Guanandy, que vem reduzindo cada vez mais o espaço público destinado à população local e aos banhistas, a medida que as casas avançam, privatizam e controlam as margens da Lagoa, sem respeitar uma faixa marginal de proteção ambiental.
Dando continuidade a visita técnica, o grupo seguiu para o Sítio Vale dos Araçás, no bairro Bom Será, onde foi recebido pela proprietária Tatiana Céu. A proprietária realizou uma roda de conversa sobre as rendas alternativas e apresentou as ações executadas no sítio, que promovem a auto sustentabilidade e a regeneração de matas nativas. Tatiana realiza terapias utilizando ervas, banhos, meditações e auto observação, através de oficinas viabilizadas por meio de parcerias com instituições públicas e privadas, também, cultiva orgânicos, como o cacau e as hortaliças.
Por fim, o grupo deu continuidade para a Usina Paineiras, no distrito de Rio Muqui, para dialogar o contexto histórico-econômico do município de Itapemirim. A usina opera sem interrupções desde 1912, produzindo açúcar e etanol, sendo uma das responsáveis por empregar direta e indiretamente parte da população local, principalmente os bairros rurais de seu entorno.









