Em março, os membros do Grupo Gestor Local (GGL) de Macaé realizaram intercâmbio para trocas de experiências com o projeto Data_labe, no Complexo da Maré, Rio de Janeiro. Durante a atividade, os GGLs foram recebidos pela coordenadora do Data_labe e Cocôzap, Victória Oliveira, que apresentou o espaço físico do projeto e compartilhou as experiências envolvendo os tratamentos dos dados coleta cidadã e a forma de atuação do projeto na incidência política.
No decorrer da atividade, os comunitários do NEA-BC compartilharam as suas experiências, destacando as incidências nas políticas de saneamento básico e juventude. Neste sentido, Victória de Oliveira, coordenadora do Cocôzap, relatou que o projeto conseguiu intervir no processo de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico do Rio de Janeiro. O projeto contestou algumas informações apresentadas pela equipe responsável pela revisão e apresentou dados do Complexo da Maré, sendo acolhidos para compor o plano.
Além de trocar experiências sobre o tratamento dos dados coletados e relatos de experiências, o grupo aproveitou a oportunidade para visitar o Museu da Maré e conhecer o processo de uso e ocupação do solo e as transformações da região. “É muito interessante perceber a força da organização comunitária, toda resistência ao longo da ocupação do solo e favelização que ocorre na Maré, os moradores coletando e tratando os dados, nos guiando na exposição do museu, contagiante estar.” relatou Thayná Fernandes, comunitária do Grupo Gestor Local de Macaé.
Por fim, o GGL visitou a sede da ONG Redes da Maré, gerida pela sociedade civil, que produz conhecimentos, projetos e ações em busca de melhorias de qualidade de vida e garantia de direitos para os mais de 140 mil moradores das 16 favelas do Complexo da Maré. Os comunitários foram recebidos por Maurício, um dos responsáveis pela ONG, que apresentou o mapa da Maré, que proporcionou ao grupo analisar a concentração das moradias próximas à Avenida Brasil e refletir sobre o processo de segregação socioespacial, levando em conta a faixa salarial das famílias, como informou Maurício.
Na avaliação dos participantes, a troca de conhecimentos foi fundamental para compreender a formação do Complexo da Maré e os desafios que a população enfrenta para garantir direitos básicos. Também foi possível refletir que é um trabalho que exige tempo e esforço, mobilização e esperança.
O intercâmbio é uma das atividades do plano de trabalho do projeto NEA-BC, que conta com atividades para disseminação de conhecimento e controle social.
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A realização do projeto NEA-BC é uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo IBAMA.